
Espetáculo
Traz a história de uma criança que é transportada para um mundo onde o São João é proibido.

João é um menino de 12 anos que está se isolando do mundo, devido a uma intensa tristeza em razão da recente perda do avô. Sua avó está cuidando dos preparativos para uma festa que sempre foi organizada por seu avô, a primeira desde o trágico acontecimento. Após um conflito, João é transportado para um outro mundo onde um Mago tirano controla tudo e proibiu qualquer manifestação relacionada a Festa Que Não Deve ser Nomeada (São João).
Neste mundo, João encontra uma série de personagens que remetem a cultura junina, desenvolvendo com eles uma relação de ajuda mútua. Os novos amigos o ajudam a lidar com a saudade e a tristeza e o garoto os ajuda a lutar contra a tirania e a opressão.

Saudade, João é um espetáculo teatral que homenageia o universo do São João,
festa tradicional nordestina, de origem europeia, mas que ganhou uma identidade própria no sertão brasileiro.

O texto aborda elementos típicos
juninos e do sertão nordestino, como: literatura de cordel, baião, comidas
típicas, forró, dança, música, lavoura. Desta forma, transporta o espectador
para o universo da festa de São João, ambientando-o através de diversas
referências ligadas aos festejos juninos e celebrando as tradições culturais do
povo sertanejo.
Grandes nomes da cultura nordestina são homenageados através dos nomes das personagens, como: Luiz Gonzaga, Elba Ramalho, Dominguinhos, Virgulino Ferreira (Lampião), Maria Bonita, Terezinha do Acordeon, Bráulio Bessa e Jackson do Pandeiro.
Outra homenagem está presente na trilha sonora do espetáculo, que é costurado por músicas clássicas do forró pé de serra, além disso, essas canções são inspirações para o espetáculo, motivando alguns diálogos, norteando e ambientando a história.
Assim, "Saudades, João" fala sobre a relação com a perda de uma pessoa querida e o sentimento de saudade, sentimento único, difícil de explicar e fácil de sentir quando amamos alguém.
O autoritarismo também é um dos assuntos abordados, na figura do Mago Censor, imperador tirano que comanda com mãos de ferro o Reino de Brogodó. A névoa da tirania oprime as pessoas do reino, censurando as manifestações culturais e controlando as pessoas. O autoritarismo do mago gera um clima de pavor no reino, o qual aumenta o poder do tirano, uma vez que sua força e poderio são baseados na repressão do povo.
